Resíduos de Antibióticos no Leite

Testes de Resíduos de Antibióticos no leite

Somaticell®

As análises de resíduos de antibióticos no leite são reguladas pelas normativas 76 e 77 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. De acordo com essas normativas, as análises de antibióticos no leite devem ser realizadas com base em pelo menos dois princípios ativos por recebimento.


As análises devem ser feitas para todos os grupos de antimicrobianos, com levantamentos periódicos junto aos fornecedores de antibióticos que são geralmente utilizados no rebanho. 

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Testes de resíduos de antibiótico no leite oferecidos pela Somaticell®


Os kits da Bioeasy disponibilizados no Brasil pela Somaticell Diagnósticos podem ser usados para análises diárias – de pelo menos 2 grupos de antibióticos – e para o monitoramento adicional previsto na IN76 e IN77, com coberturas de 90% ou 95% das drogas comercializadas para vacas leiteiras.


Os kits 2 em 1 são recomendados para as análises diárias, eles são capazes de identificar 100% dos Betalactâmicos e Tetraciclinas vendidos no mercado. Na prática, essas são as duas principais famílias de antimicrobianos utilizadas no tratamento de doenças comuns em vacas de leite, em especial a mastite, a doença de maior importância para a produção leiteira. Para as análises adicionais com cobertura de 90% e 95%, são recomendados os kits Bioeasy 3 em 1 e 4 em 1, respectivamente.


Esses testes detectam as principais famílias de antibióticos usadas nos rebanhos leiteiros do Brasil:

Betalactâmicos, Tetraciclinas, Sulfonamidas e Fluorquinolonas, contando ainda com kits combinados e individuais para a detecção de Macrolídeos, Aminoglicosídeos, Fenicóis e Anfenicóis - entre outras possibilidades de acordo com a necessidade do cliente.

Como são feitos os testes de resíduos de antibióticos no leite?


Para facilitar a compreensão da tecnologia dos testes Bioeasy Somaticell®, criamos uma série de vídeos explicativos que mostram detalhes de como aplicar os testes em seu laticínio ou laboratório:

Esta análise  é feita com uma pequena quantidade de amostra de leite, a coleta é feita com uma pipeta e o material é adicionado em um micropoço para reação entre o antibiótico no leite e o anticorpo combinado com o conjugado colorido. Com a presença do antibiótico, este expulsará o conjugado do anticorpo, assim o conjugado fica isolado e não dará cor para a solução. Lembrando que esta reação ocorre em virtude da estabilidade química mais forte no complexo anticorpo/antibiótico. A quantidade de cor será inversamente proporcional à quantidade de antibiótico – ou seja, quanto maior a concentração de antibiótico, menos coloração a reação final apresenta. 


Uma fita de leitura possibilitará a separação entre o restante do conjugado/anticorpo e a sua identificação para conclusão da análise, com a separação e detecção em famílias dos antibióticos presentes e seus níveis de ocorrência na amostra, mostrando se temos a presença acima dos níveis de sensibilidade do método. A leitura automatizada também pode ser feita para a interpretação destes resultados, utilizando o leitor e o aplicativo exclusivo dos kits Bioeasy, eliminando assim possíveis erros da interpretação visual.


No teste da Bioeasy disponibilizado pela Somaticell Diagnósticos, o princípio utilizado é o Elisa (Enzime Linked Immunosorbent Assay), que faz uma ligação entre  enzima e um substrato específico. Nesse método, o anticorpo é ligado ao conjugado colorido, que gera uma reação com o antibiótico no leite que, caso esteja presente, desloca o conjugado colorido e forma um composto com ausência de coloração.


Dentro dessa análise inversamente proporcional, quanto maior for o volume de resíduos antibióticos no leite menor será a coloração da reação. Após a primeira fase reativa, é utilizada a fita de leitura para a contagem da concentração de resíduos de antibióticos e caracterização do resultado.

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Quanto tempo demoram os testes de resíduos de antibióticos no leite?


O teste é dividido em duas fases, a primeira consiste na adição do  leite coletado no micropoço com conjugado e anticorpos. Essa etapa tem duração de 3 minutos e é onde acontece a reação do conjugado+anticorpos com o antibiótico quando presente


Após decorrido o tempo, o alarme é acionado e prossegue-se à próxima etapa da análise, em que é inserida a fita de leitura no micropoço e iniciado o cronômetro, que marcará o segundo tempo de incubação de 6 minutos. Por fim, basta retirar a fita, remover o excesso de solução, para então fazer a leitura do resultado, que pode ser feita visualmente ou automaticamente pelo dispositivo integrado ao aplicativo Bioeasy disponível para tablets e celulares.

Como os resíduos de antibióticos no leite afetam a produtividade e qualidade do laticínio?


O uso de antibióticos quando necessário no gado leiteiro é fundamental para manter a sanidade dos animais, a produtividade do setor e o bem-estar e qualidade de vida do rebanho. No entanto, para que o leite seja considerado de boa qualidade, é fundamental que ele siga padrões determinados pelas normativas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.


Uma das principais exigências é que o leite comercializado esteja livre de resíduos de antibióticos e pesticidas. Desse modo, é necessário realizar análises diárias e adicionais de amostras de leite para assegurar a qualidade e o valor agregado do produto.


Além de afetar a qualidade do leite, a presença de resíduos de antibióticos no leite também afeta a segurança alimentar para o consumo e o beneficiamento dos produtos lácteos. Do ponto de vista da segurança para os consumidores, a presença de resíduos antibióticos no leite pode causar problemas como alergias, toxicidade e maior risco de desenvolvimento de resistência de microorganismos aos antibióticos.


Já considerando o aspecto de produtividade dos laticínios, esses resíduos de antibiótico no leite causam efeitos negativos como problemas no desenvolvimento de fermentos lácteos na fabricação de produtos derivados, como queijos e iogurtes. O atraso na fermentação causado pela presença de antibióticos no leite abre espaço para o desenvolvimento de outras bactérias que alteram as características sensoriais desejadas nesses alimentos, como sabor, textura e aroma.


A IN77 e a legislação sobre resíduos de antibióticos no leite


Segundo a Embrapa, o Brasil ocupa atualmente a posição de 4º maior produtor de leite mundial. Buscando acompanhar as tendências mundiais e o comportamento do mercado, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento realizou alterações recentes nas Instruções Normativas para esse setor.


Em resumo, os produtores de leite precisam estar atentos a duas normativas específicas, a IN76 e a IN77.


A IN76 determina os regulamentos técnicos de identidade e as características de qualidade que devem apresentar o leite cru refrigerado, o leite pasteurizado e o leite pasteurizado tipo A. Já a IN77 estabelece os critérios e procedimentos para a produção, acondicionamento, conservação, transporte, seleção e recepção do leite cru em estabelecimentos registrados no serviço de inspeção oficial.


Como objetivo, as normativas visam definir parâmetros de qualidade e segurança para o leite produzido no país. Os limites máximos de resíduos de antibiótico no leite são estabelecidos pelo Ministério da Saúde, incorporados pelo Ministério da Agricultura e têm como base os limites estabelecidos pelo Codex Alimentárius.


O Ministério da Agricultura reforça através das mudanças na legislação a importância da sanidade dos rebanhos e dos métodos de testagem e análise realizados pelos produtores e indústrias do setor. 

Dentre as principais normas relacionadas aos resíduos de antibióticos no leite, podemos destacar o artigo 33 da IN77 e o parágrafo único do artigo 55:


  • Art. 33. Para detecção de resíduos de produtos de uso veterinário a análise deve ser realizada no leite do conjunto dos tanques ou dos latões de cada veículo transportador.
  • § 1º Para cada recebimento do leite, deve-se realizar análise de no mínimo dois grupos de antimicrobianos.
  • § 2º O estabelecimento deve realizar, em frequência determinada em seu autocontrole, análise do leite para todos os grupos de antimicrobianos para os quais existam especificações de triagem analíticas disponíveis.
  • Art. 55 Parágrafo único. A análise para detecção de resíduos de produtos de uso veterinário deve ser realizada sempre que houver reintrodução no beneficiamento do leite de vacas que finalizaram o período de carência do tratamento com antimicrobianos.


Cuidados no teste de resíduos de antibióticos


A detecção de resíduos de antibióticos no leite pode ser delicada devido às baixas concentrações geralmente encontradas, medidas por partes por bilhão (ppb), aliadas à diversidade de produtos disponíveis no mercado para os rebanhos leiteiros. Por isso, é fundamental utilizar métodos de testagem com referência às técnicas aprovadas pelas instituições regulamentadoras do setor.


Esses métodos de referência são baseados em análises precisas feitas em laboratórios. No entanto, os produtores de leite podem optar por métodos mais versáteis, econômicos e instantâneos, como os kits de testagem disponíveis no mercado – sempre considerando os desvios em relação aos métodos de referência.

Testes Individuais (Single): porque devemos realizá-los?


Os testes individuais têm como vantagem principal a maior capacidade de detecção dos elementos que compõem determinada família de antibióticos no leite . Ao utilizar um teste individual para a detecção de Sulfas, por exemplo, o potencial de detecção daquele anticorpo para todas as Sulfas é maximizado, tendo em vista que o teste não tem a concorrência de outros anticorpos para outros antibióticos no leite.


Sendo assim, um teste individual sempre será mais sensível, seguro e completo para a detecção de uma família específica na análise. Esse método é ideal para quem deseja garantir que resíduos de determinado grupo familiar não estão presentes no leite, ou então identificar mais princípios ativos de uma mesma família.


Casos de Uso de testes individuais de Resíduos de Antibiótico no Leite


Os testes individuais são o melhor método de análise quando, por exemplo, existe a necessidade ou a demanda para detectar se há a ocorrência de uma família de drogas específica em determinada região. A escolha do teste individual dará mais amplitude de detecção, segurança e garantia para os resultados em comparação aos testes combinados, detectando mais princípios ativos e com menor interferência, pois não existe a competição química com outros anticorpos/conjugados de outras drogas, como ocorre nos testes combinados de multi-resíduos.

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Depoimentos de Clientes Satisfeitos

Dúvidas Frequentes


  • Como faço para analisar resíduos de antibióticos em derivados de leite?

    Esta é uma questão que sempre é colocada e deveremos respondê-la sob o foco científico e baseado em normas e referências internacionais, pois o Brasil adotou como normas de análises as metodologias da FIL-IDF e toda a nossa legislação se refere a estas metodologias para a realização de análises e caracterização dos produtos lácteos. Para mais informações sobre análises de resíduos de antibióticos em derivados de leite, entre em contato com o nosso suporte técnico suporte@somaticell.com.br e receba uma cópia do documento que elaboramos para ajudar a sua empresa nesta análise.

  • Para quantos litros de leite a análise pode ser feita?

    Essa é uma questão recorrente, que revela um problema sobre o conceito do método de detecção de resíduos de antibióticos no leite e também levanta um ponto relevante que é o plano amostral, ou o volume máximo da amostra avaliada.

    Nosso kit detecta a concentração mínima de antibiótico (LOD) em qualquer volume de leite, seja em um litro ou em cem mil litros de leite, pois este é o princípio do método de análise.

    Quanto ao volume da amostra de leite analisado, ou litros, este deve ser compatível com a IN 77, com o volume de leite recebido, com a frota de caminhões utilizada no transporte e sua capacidade de carregamento, e também com os volumes de cada compartimento que leva o leite. 


    Lembrando que para fins de índice de verificação e auditoria do Ministério da Agricultura (MAPA), este volume não poderá passar de forma nenhuma dos 25 mil litros de leite, que é o volume máximo amostral utilizado como indicador de qualidade pelo MAPA.

  • Como controlar os resíduos de acordo com a IN77?

    Para controlar os resíduos de acordo com a IN77, recomendamos a leitura e o uso do documento abaixo elaborado por nossa equipe. Para eventuais dúvidas, disponibilizamos um suporte técnico completo aos nossos clientes.

  • O que é um resultado falso negativo?

    Um resultado falso negativo é aquele que aponta negativo na fita do kit de testagem mesmo quando há uma concentração de antibiótico acima do permitido pela legislação brasileira. Isso demonstra uma falha grave no método de testagem, pois permite a entrada de leite inadequado dentro do processo produtivo, comprometendo toda a cadeia econômica e a saúde pública para consumidores e para a indústria.

  • O que é um resultado falso positivo?

    Um resultado falso positivo é aquele que aponta positivo na fita de teste, indicando a presença do antibiótico acima da sensibilidade da análise, porém o resíduo não está presente de fato na amostra. Esse tipo de resultado pode ser por problemas de bloqueio dos receptores (conjugados) nas reações elisa, ou por outros contaminantes, no caso de outros princípios analíticos. 

    As principais causas desses tipos de ocorrências são umidade no complexo conjugado/anticorpo, alta contagem de células somáticas, alto teor de gordura, acidez elevada, leite ou soro concentrado, leite anormal (colostro), entre outros.

  • O que é um resultado falso violativo?

    Um resultado falso violativo, de acordo com a definição do FDA- USA, é aquele que aponta positivo para a presença do antibiótico e o antibiótico está presente de fato. Porém, a sensibilidade do teste é mais baixa do que os limites indicados pela legislação brasileira.

    Desse modo, a quantidade do resíduo presente na amostra não é o suficiente para violar o limite legal, porém está presente na concentração em que indicará positivo na análise.


    Nestes casos uma análise complementar é necessária para evitar que o leite seja descartado sem necessidade, avaliando todos os parâmetros analíticos, como volume analisado, tipo de amostra, composição da amostra, entre outros.

  • Tive um resultado falso positivo. O que pode interferir na análise para que tenha esse resultado?

    Para os Kits de detecção de resíduos de antibióticos no leite da Bioeasy garantimos que não haverá interferências nas análises. No entanto, revisando a literatura encontramos que para outros métodos disponíveis no mercado, as células somáticas (CCS) e quantidade de gordura presentes nas amostras podem interferir nas análises, gerando resultados falsos positivos e falsos negativos.

  • Qual o princípio da metodologia do teste?

    Nossos testes são imunoensaios competitivos do tipo “Enzime Linked Immunosorbent Assay” (ELISA), combinados à cromatografia de fluxo lateral em ouro coloidal.

    ELISA ou ensaio de imunoabsorção enzimática é um teste imunoenzimático que permite a detecção de uma molécula alvo através de uma ligação específica entre o conjugado e o antibiótico, quando presente. Assim, o método garante especificidade e precisão nos resultados, sendo livre de interferentes.

  • Qual a diferença do método rápido e do método lento?

    O princípio analítico do método lento se baseia na inibição do crescimento de esporos bacterianos e o tempo necessário até a obtenção de seu resultado é caracterizado por demorar entre duas horas e meia a três horas, ou seja até 20 vezes mais lento em relação ao método rápido, cujo resultado é obtido em poucos minutos e por se basear em reações enzimáticas ou imunológicas é muito mais específico. O método rápido identifica famílias de antibióticos, tem os limites de detecção claramente definidos e apresenta análises mais reprodutíveis e confiáveis. 

    Além disto os métodos rápidos identificam mais drogas e uma gama muito maior de compostos, ao contrário da crença difundida de que o método lento detecta mais antibióticos, o que não é comprovado pelas validações independentes, uma vez que os métodos lentos são validados pelos organismos certificadores, como ILVO, AOAC, AFNOR, etc..,  apenas para Beta Lactâmicos e Tetraciclinas.

  • O kit do método lento detecta todos os antibióticos?

    O método de detecção de antibióticos lento – princípio microbiológico – não atende aos requisitos de detecção do Ministério da Agricultura (MAPA). Isso porque os métodos existentes no mercado são validados apenas para a detecção dos antibióticos dos grupos dos Betalactâmicos e Tetraciclinas e, dependendo da marca, estes métodos detectam apenas os antibióticos Betalactâmicos.


    Ainda assim, alguns deles não detectam 100% dos betalactâmicos. Por isso, revise a informação de capacidade de detecção do método que você utiliza e veja que a cobertura de detecção está muito aquém do preconizado na IN77.

  • Para que servem os controles positivos e negativos?

    Controle negativo: é o padrão que será reconstituído e utilizado como amostra para análise, não contendo resíduo algum de antibiótico. Sendo assim, é o controle de que seu lote de testes funciona corretamente apontando resultado negativo quando não há resíduo de antimicrobianos na amostra, este controle deverá ser utilizado para confirmar que não ocorre a presença de falsos positivos e também para aferir e verificar o perfeito funcionamento do teste e da leitura automatizada, quando esta for utilizada.


    Controle positivo: é o padrão usado para comparação em que se encontra o resíduo do antibiótico em concentração conhecida e normalmente no limite da legislação, sendo utilizado como amostra para comprovação do funcionamento do método e capacidade de detecção no limite da legislação, ou abaixo deste limite, servindo assim de garantia de que o teste quando feito na presença de antimicrobianos acima do limites da legislação, resultará em um resultado positivo.

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